quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fernanda

Fernanda Fernandes, simplesmente Fernanda ou ainda Fhernanda Fernandes, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 13 de maio de 1956.

Além de cantora é também compositora. Filha de músicos, seus pais se conheceram na casa de Ary Barroso.

Cresceu em Vila Isabel, bairro boêmio do Rio de Janeiro, ao som de serestas. Aos cinco anos de idade, já cantava músicas de Dorival Caymmi, acompanhada pelo violão de seu pai. E foi um presente dele o responsável pela opção da carreira artística. O LP "Chega de Saudade", do mestre João Gilberto, foi para ela o melhor presente de sua vida. A paixão foi tanta que ela sonhava em se casar com ele quando crescesse, e só dormia com a capa do disco debaixo do travesseiro. Ao descobrir Dolores Duran, Maysa e Sarah Vaughan, ela resolveu: "tinha que ser cantora".

Iniciou sua carreira participando de festivais de música e cantando em casas noturnas, especialmente em bares de cidades do litoral fluminense, como Maricá, Saquarema, Cabo Frio e arredores.

Em 1980, foi contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete no Festival de Muriaé. Nesse mesmo ano, classificou “Devassa” (Solange Boeke e Wania Andrade) no festival MPB 80 (Rede Globo), o que lhe valeu a gravação da canção em um compacto simples lançado pela gravadora RGE, contendo também "Fato Consumado", de sua parceria com Ione Martins.

No ano seguinte, lançou, também pela RGE, o LP “Fera”, contendo “Príncipe encantado” e “Fato consumado” (c/ Ione Martins), além de “Golpe de amor” (Joyce e Ana Terra), “Fera” (Irinéa Maria), “De mão no bolso” (Paulo Jobim e Ronaldo Bastos), “Pessoas diversas” (Danilo Caymmi e Ana Terra), “O grande lance é fazer romance” (Caetano Veloso e Vinícius Cantuária), “Caso previsto” (Isolda e Milton Carlos) e “Palavras perdidas” (Mauro Marcondes e Caíto). O disco contou com a participação dos músicos Hélio Delmiro, Jamyl Jones e Mauro Senise, entre outros, e dos arranjadores Antonio Adolfo, Eduardo Souto Neto, João Donato e Perinho Santana.

Ainda na década de 1980, consolidou sua atividade de compositora, iniciando parcerias com Isolda, Sarah Benchimol, Fafy Siqueira e Irinéia Maria, tendo músicas gravadas por Nelson Gonçalves, Rosa Maria e Emílio Santiago.

Em 1989, apresentou, no Teatro Ipanema (RJ), o show "Gosto de hortelã", com direção musical de Irinéa Maria. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado inicialmente na Europa, em 1991, pelo selo francês Nocturne. Nessa época, a cantora vivia em Paris e passou a incorporar a letra “h” em seu nome, por sugestão de uma numeróloga, passando a assumir o nome artístico de Fhernanda Fernandes. Sucesso de crítica e público, o disco levou a cantora a fazer shows em casas de espetáculos da Europa e a participar de festivais de jazz, ao lado de artistas internacionais, como Michel Legrand, Mercedes Sosa, Tuck and Patty e Winton Marsalis.

De volta ao Brasil em 1992, apresentou-se pelo país com o repertório do disco, que chegou ao mercado brasileiro no ano seguinte, pela Caju Music. No repertório, suas composições “Taquicardia”, “Marajó” e “Refil”, todas com Sarah Benchimol), “Afluentes” (c/ Guaracy Rodrigues e Sarah Benchimol), “Olhos de águia” (c/ Irinéa Maria) e a faixa-título (c/ Isolda), além de “Tele blue” (Irinéa Maria e Ney Leandro de Castro), “Dê um role” (Moraes e Galvão) e “Resgate” (Irinéa Maria e Paulo César Feital).

Em 2001, lançou o CD “Definitivamente”, produzido por Sarah Benchimol e Alceu Maia e contendo arranjos de Amadeu Signorelli, Pedro Braga, Alceu Maia e Darcy de Paulo. Registrou no disco suas canções “Procura-se”, “Dejá vu”, “Gosto de hortelã” e a faixa-título, todas com Isolda, “Louco querer” e “Tão simples”, ambas com Sarah Benchimol, “Tá pensando o que?” (c/ Jackie Silveira), “Parece um sonho”, “Me basta” e “Coração ascensorista”.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Nelson Gonçalves (“Conclusão”, com Isolda), Emílio Santiago (“Afluentes”, com Guaracy Rodrigues e Sarah Benchimol), Rosa Maria (“Blues da moto”, com Fafy Siqueira, e “Sai de mim”, com Isolda), Wilma Nascimento (“Fato consumado” com Ione Martins), Lucinha Araújo (“Coisa antiga”, com
Fafy Siqueira) e Flávio Salles (“Dois caminhos”, com Sarah Benchimol).

Em dezembro de 2004, uma nova produção independente concebe um CD autoral da primeira à última faixa, revelando como novos parceiros a poetisa Luly Linhares e seu filho José Luiz Cardoso. Navegando em Sambas, Bossa-Nova, Jazz e Blues, Fhernanda alia a alma quente de contralto aos primorosos arranjos de Pedro Braga e do cubaníssimo maestro Ricardo Castellanos, mostrando, com impecáveis bom gosto e qualidade musical, ser ela a timoneira do seu próprio destino. Assim nasceu “Capitão de Mim”, uma narrativa quase cronológica que singra pelos mares das emoções sentidas e vivenciadas.

Atualmente Fernanda, agora Fhernanda Fernandes, apresenta-se em barzinhos e casas de shows principalmente no eixo Rio-São Paulo.


Fonte: Samba-choro

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