Luiz Carlos Clay |
Luiz Carlos Clay com os irmãos Katia Cilene e Vladimir / 1964 |
Passou para seu compacto duplo com a música “Praia”, gravada pelo Agnaldo Rayol em São Paulo e Luiz Carlos Clay no Rio de Janeiro. Só que eu Clay tinha uma grande vantagem sobre Agnaldo Rayol. Rayol tinha pavor de avião e e Luiz Carlos Clay que para diversas cidades brasileiras para cantar essa música. Nessa mesma época, Clay participou do programa "Rio Ritz", cujo produtor era o Jair Traumaturgo que colocou o cantor nas paradas de sucesso e o lanço na Jovem Guarda. Foi um enorme sucesso. Luiz Carlos Clay aprsentava-se todas as semanas em shows por todo o Brasil.
Luiz Carlos Clay com Katia Cilene |
Na gravação do seu terceiro disco, Luiz Carlos Clay já estava com toda a sua família morando no Rio de Janeiro. Até sua irmã, a cantora Kátia Cilene, estourou no Brasil com a música “Bilhetinho Apaixonado”, do Othon Russo, produtor da CBS.Foi quando o cantor marcou o seu primeiro show ao vivo, para a ABB. Tudo estava perfeitamente programado, inclusive com orquestra. Luiz Carlos Clay acreditava que aquele show seria decisivo para a continuidade da sua carreira. Por isso, o cantor estava muito nervoso, inquieto, com medo, preocupado com tudo. Sua apreensão era visível. Todos percebiam que ele estava realmente muito ansioso. Até que alguém lhe deu um conselho: “Rapaz, toma uma dose de uísque! Você precisa relaxar...”
Luiz Carlos Clay |
Em 1969, Luiz Carlos Clay foi contratado, através de Celso Teixeira -- muito amigo do apresentador -- por Sílvio Santos.
Luiz Carlos Clay / 1976 |
Luiz Carlos Clay ficou famoso, ganhou muito dinheiro e achava que conseguia fazer sucesso nos shows e discos por conta do “velho e bom uísque”. Por isso, foi se entregando cada vez mais na bebida. No início da carreira, bebia antes das suas apresentações. Depois, passou a beber também durante e depois, até se tornar alcoólatra.
Luiz Carlos Clay |
O cantor, participou, também, do filme "Corrida em Busca do Amor", em 1971, de Carlos Reinchenbach, produzido na Boca do Lixo paulistana. Clay foi um dos galãs da fita, ao lado do cantor Dick Danello, que cantava músicas italianas e também ligado à Jovem Guarda, e de David Cardoso.
Nos anos 80, Luiz Carlos Clay participou, também como ator, da novela "Anjo Maldito", do SBT.
Em São Paulo, Luiz Carlos Clay conheceu outra coisa que lhe atraiu muito: músicas italianas. Foi quando teve contato com um público italiano e aprendeu o idioma. Sílvio Santos, então, o chamava para cantar os sucessos na época em italiano. A partir daí, deixou de cantar as músicas que gravava e passou a defender músicas de outros compositores e intérpretes, o que desagradou muito a sua gravadora. Nessa época, os shows começaram a diminuir porque as pessoas que o contratavam não queriam só o Luiz Carlos Cay, queriam “Os Galãs Cantam”. Na época em que assinou contrato com Sílvio Santos, a própria CBS o alertou para o risco de perder sua identidade artística. Mas, Luiz Carlos Clay não lhes deu a menor atenção. Nessa ocasião, bebia desde manhã até a noite. Aliás, todos os seus amigos mais chegados também bebiam. Encontravam-se num barzinho da Rua Dona Veridiana, em São Paulo, que era freqüentado apenas pelos artistas que bebiam. Muitos dos seus amigos faleceram por causa da bebida e Clay chegou a ter coma alcoólico.
Luiz Carlos Clay |
O cantor conta que estava sempre bêbado quando seus filhos queriam conversar. Não era agressivo, mas era depressivo.
No auge do problema com o alcoolismo, Luiz Carlos Clay perdeu o contato com os filhos, dinheiro e o respeito de todo o mundo. Foi, então, que um amigo, vendo-o sem rumo, lhe convidou a voltar para o Recife e participar de um programa de televisão. Seus filhos, na época, estavam com 14, 13 e 9 anos. Então, em 1985, voltou para o Recife, onde participou de progrmas de TV. Só que passou a beber muito mais porque cada amigo de infância que revia era uma desculpa para beber ainda mais.
Foi, então, que seus filhos e mulher começaram a se afastar dele.
Cantava para muitos políticos e deles ficou sem receber um tostão – políticos que hoje são senadores da república. Diziam eles: “Contrata esse bêbado aí... No final a gente diz que ele já recebeu... Tá bêbado mesmo, nem vai notar...”
Aconteceu, finalmente, a separação da mulher e dos filhos. Passou, então, a beber mais do que antes, para esquecer a separação. Acabou se transformando num homem indesejável em todos os lugares, porque era um indivíduo sem lar, sem família, um nômade perambulando pelas ruas.
Luiz Carlos Clay / 2009 |
Nesse meio tempo Vladimir, seu irmão mais velho, que mora em Ribeirão Preto – que sabia que Luiz Carlos estava desempregado –, lhe telefonou dizendo que lhe conseguira um emprego numa rádio local.
Depois de oito anos sem ver os filhos, Luiz Carlos Clay foi convidado pelo mais velho para cantar em seu casamento com o pedido de que não bebesse na cerimônia.
Luiz Carlos Clay foi, cantou na cerimônia de seu filho e nunca mais bebeu. Nesse mesmo dia, conheceu seu neto.
A partir de então, Luiz Carlos Clay tornou-se evangélico, casou-novamente, continua cantando e é sócio do Capítulo 095 da Adhonep (Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno), em São Gonçalo – RJ .
Luiz Carlos Clay - "Vuelve Conmigo Amor" / 1971
Luiz Carlos Clay - "Dia de Sol"
Linda história Glorias a Jesus !!!
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