sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Rinaldo Calheiros

(Fernão Velho/AL, 3 de dezembro de 1926 ******* Niterói/RJ, 5 de maio de 2014)

Rinaldo Lisboa Calheiros formou-se na Escola Técnica da Aeronáutica e foi servir na base aérea de Natal. Porém, um acidente automobilístico fez com que fosse reformado.
Estreou na Rádio Poty de Natal, cidade onde consolidou sua carreira, sendo considerado o astro galã daquela rádio. Em 1951 passou a atuar como vocal no Trio Acaiaca, juntamente com Chico Elion no violão e João Juvanklin no acordeom.

Rinaldo Calheiros

Em 1955 gravou seu primeiro disco, pela Mocambo, interpretando "Se eu fracassar", de Chico Elion. No ano seguinte gravou o samba "Se eu fracassar" e o samba canção "Ranchinho de paia", de Chico Elion, e o bolero "Minha inspiração", de William Leon e Sílvia Silva. Em 1957 gravou o frevo canção "Ingratidão", de Neusa Rodrigues e José Menezes. Nesse ano, ficou em segundo lugar na escolha para "Rei e Rainha do Rádio" com 177.900 votos.

Rinaldo Calheiros e Silvana

No ano de 1960 passou aresidir em São Paulo, onde gravou inúmeros discos, pelas gravadoras Continental, CBS e Columbia. Gravou com as orquestras Mocambo e Jazz Paraguary. Em 1961, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o LP "Em tudo existe o amor", LP no qual interpretou "Meu sonho é você", de Altamiro Carrilho e Átila Nunes, "Canção do sofrer", de José Messias, "Melodia singela", dos Irmãos Orlando, "Amor", de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, "Esperes por mim", de Claudionor Santos e Rubens Machado, "Teus ciúmes", de Lacy Martins e Aldo Cabral, "Eternamente", de Nelson Castro e Rossini Pacheco, "Fracassei", de Cláudio Paraíba e A. Chamarelli, "Por teu amor (Away all boats)", de F. Skiner, A. Skiner e Adelson, com versão de Collid Filho, "Em tudo existe o amor", de Pachequinho, Antônio Almeida e Nilo Barbosa, e "Juro por Maria", de João Barone.
Mas nem tudo foi um mar de rosas na carreira do artista. A coluna “Buzina do Chacrinha” de 6 e 7 de outubro de 1968, no jornal A Luta Democrática publicou a seguinte nota: “E o Rinaldo Calheiros está cantando na ‘Boca do Lixo’ em São Paulo”.Após voltar a fazer sucesso em 1969, quando retornou à gravadora Copacabana, Rinaldo se referia a esse período como “anos que passei me agarrando a todas as oportunidades que surgissem, para não ser apagado totalmente pela ‘revolução das guitarras’”. Pela Copacabana, em 1969, gravou um compacto simples em parceria com Ângela Maria em que cantavam a música tema da novela “A Grande Mentira“, da TV Globo. Ainda naquele ano gravou outro compacto simples com as músicas “Digam o que digam”, de Manuel Alexandro em versão de Edmar Tarzinato, e a marcha rancho “Vá se chegando”, de Renato Teixeira.Em 1977 apresentava o programa musical e de variedades Rinaldo Calheiros com Amor pela TV Iguaçu, Canal 4, no Paraná. Ia ao ar nos domingos às 11 horas e depois passou para às 14 horas.
Rinaldo Calheiros

Lançou dois LPs pela Copacabana em 1962. O primeiro foi "Ouvindo-te com amor" gravado em conjunto com a cantora Silvana, disco no qual interpretaram em dueto os tangos "Amor", de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, "Cantando", de Mercedes Simone e versão de Virgínia Amorim, "Jura-me", de Maria Grever, e versão de Osvaldo Santiago, e "Onde estás coração", de L. M. Serrano e A. P. Berto, e versão de Ubirajara Silva, e o bolero "Eternamente", de Nelson Castro e Rossini Pacheco. No mesmo disco, ele interpretou sozinho a guarânia "Teu casamento (Tu boda)", de A. Salas e versão de Sebastião Ferreira da Silva, e a balada "Chorando (Crying)", de R. Orbison e J. Melson, em versão de Rossini Pinto. O outro LP lançado no mesmo ano foi "Mensagem de amor", no qual interpretou tangos e boleros: "Mensagem de amor", de Pachequinho, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, "Diga que sim", de Airton Borges, "Que Deus me dê", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, "Contigo", de Cláudio Estrada e versão de Julio Nagib, "Olhar proibido", de Erasmo Silva, "Outro amor", de Antenógenes Silva e Ernâni Campos, "Jamais te esquecerei", de Antônio Rago e Juraci Rago, "Cristal", de Mariano Mores e José Maria Contursi com versão de Haroldo Barbosa, "Nostalgias", de Enrique Cadicamo e J. C. Cobían, e versão de Juraci Rago, "Esquina da ilusão", de Luis Roberto e Silvério Neto, "Aventureira (El Choclo)", de A. Villoldo e M. Catan, com versão de Haroldo Barbosa, e "Último ato", de Sergio Malta e Helder Camara.

Rinaldo Calheiros

Rinaldo Calheiros faleceu enquanto dormia, em sua casa, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.


DISCOGRAFIA

Se eu fracassar (1955) Mocambo 78
• Ranchinho de paia/Minha inspiração (1956) Mocambo 78
• Em tudo existe o amor (1961) Copacabana LP
• Ouvindo-te com amor (1962) Copacabana LP
• Mensagem de amor (1962) Copacabana LP
• Uma lágrima tua [S/D] Copacabana LP
• Seu adeus [S/D] Copacabana LP
• A voz que emociona (1966) CBS LP
• Com amor (1974) Som hi-fi LP
• Rinaldo Calheiros (1977) Beverly CD
• Seleção de ouro 20 sucessos (1998) EMI/Copacabana LP

Fonte:Dicionário Cravo Albin da MPB.














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