terça-feira, 30 de junho de 2020

Brenda

Brenda nasceu no Uruguai.

Brenda é uma cantora da década de 1970 que se destacou no estilo disco. É irmã de Don Beto, ex guitarrista de Raul Seixas.

Brenda

Seu grande sucesso foi "Sábado que Vem", lançado em compacto no ano de 1978.  "Velha Sensação"(1980), "Natureza Viva" e "Quando a Noite Passar"(1978) são outras de suas canções.

Obs: Caso alguém tenha maiores informações que possam contribuir, serei muito grato.








Toni Vestane

O cantor, compositor e produtor fonográfico Antonio Vestanio Gonçalves Cost (Toni Vestane) nasceu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, em 1933.

Aos dezesseis anos, começou a dar canjas na boate Tudo Azul, em Copacabana (RJ), além de se apresentar como cantor amador em clubes e festas na zona sul da cidade. Participou de programas de calouros nas emissoras cariocas de Rádios e, em fins de 1952, ao se candidatar a um lugar na boate Posto Cinco, na Avenida Atlântica, em Copacabana, encontrou Antonio Carlos Jobim, também procurando emprego, por quem intercedeu junto ao dono da casa. Não conseguiu o lugar de crooner, mas Tom Jobim assinou o segundo contrato como pianista na noite, passando a revezar com o amigo e parceiro Newton Mendonça, que estreara profissionalmente na noite, antes dele, na mesma boate. Do episódio nasceu uma boa camaradagem entre Toni e Tom que perdurou durante toda a década de 1950.

Toni Vestane

Sua estréia profissional como cantor ocorreu em 1953, com o conjunto de Arnaldo Costa na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Posto Seis, em Copacabana (RJ), no edifício que mais tarde viria a sediar a TV Rio Canal 13. Em seguida, apresentou-se no Ranchinho do Alvarenga, casa da dupla Alvarenga e Ranchinho. A partir de então, atuou regularmente, durante oito meses, no quadro “Um cast de novos para o Programa César de Alencar” (Campeonato Brasileiro de Cantores Novos), na Rádio Nacional, passando a cantar também na boate Tudo Azul, em Copacabana, cuja atração era o pianista Ribamar e seu conjunto. Tornou-se amigo de Ribamar e, em 1954, foi contratado como crooner do grupo, no qual permaneceu até 1958. Nesse período participou de várias gravações e turnês do conjunto. Ainda em 1954, estreou em disco gravando “Amendoim torradinho” (Henrique Beltrão) e “Sorriu p’ra mim” (Garoto e Iraci de Abreu de Medeiros Rosa). A primeira se transformaria num clássico da música popular brasileira.
Na primeira viagem profissional, esteve em Belém do Pará, em 1954, ao lado de Ribamar e da cantora Neuza Maria. Nessa época, tornou-se grande amigo e confidente de Dolores Duran, com quem conviveu com muita proximidade, até a morte da cantora e compositora em 1959. Ele e Marisa Gata Mansa foram os maiores amigos de Dolores, sendo um dos primeiros a encontrar o corpo falecido da cantora no apartamento da Rua Gomes Carneiro, em Ipanema.

Toni Vestane

Em meados dos anos 1950, participou do filme “No mundo da lua”, de Roberto Faria, cantando “Dorinha, meu amor” (José Francisco de Freitas).
Em 1958, atuou como cantor da boate Dominó, no Beco do Joga a Chave, em Copacabana (RJ), ao lado da cantora Geny Martins, acompanhado pelo então jovem pianista Sérgio Ricardo, depois consagrado compositor e cantor. No Beco, conviveu e tornou-se amigo de Newton Mendonça, pianista da boate Le Carroussel, que funcionava em frente ao Dominó. Nesse mesmo ano, tem gravada pela primeira vez uma composição de sua autoria: “Noite e dia” (c/ Fernando César), na voz de João Dias. Ainda em 1958, sua canção “Tudo que sonhei” foi classificada, na interpretação de Helena de Lima, no concurso “Um milhão por uma canção”.
No ano seguinte, lançou o LP “Toni”, que incluiu o primeiro registro de “Menina feia” (Luvercy Fiorine e Oscar Castro Neves), além das canções “A noite do meu bem” (Dolores Duran), “Se ninguém te ama” (Osvaldo Barbosa e José Reis), “Volte num dia de chuva” (Fernando César e Dolores Duran), “Se você soubesse” (Valmurio), “Onde for” (Tito Madi e Milton Silva), “Conversa” (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), “A felicidade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Carinho e amor” (Tito Madi) e “Pode implorar” (Nilo Sergio e Sebastião Fonseca).

Toni Vestane

Em 1960, trabalhou, ao lado de Sara Rios, como crooner da Orquestra de Oswaldo Borba, grupo também integrado por Juarez Araújo (1930-2003) no sax.
Em 1961, cantou com D’Ângelo e seu conjunto, ao lado de Marcos Moran.
Retomou, em 1964, sua participação no conjunto de Ribamar.
Ainda no início dos anos 1960, associou-se a Osvaldo Cadaxo para fundar a gravadora Equipe, responsável por memoráveis (e hoje disputados) álbuns de música brasileira e internacional, e pela série “Os catedráticos”, que lançou como band leader Eumir Deodato.
Durante as décadas de 1950 e 1960, participou de programas de TV no Rio e em São Paulo, chegando a ter um programa exclusivo na TV Rio, Canal 13.
Suas composições foram gravadas por Ângela Maria, Silvio César, Marisa Gata Mansa, Emílio Santiago e Eumir Deodato, entre outros artistas.
Até 1985, quando abandonou a carreira artística, foi cantor de várias gravações, fez cinema e televisão.

Fonte: Dicionário Cravo Albin.




















domingo, 28 de junho de 2020

Márcio Lott

Marcio (Magalhães) Lott nasceu em Belo Horizonte/MG, em 10 de outubro de 1940.

O grande sucesso de sua carreira como intérprete foi a canção "Menina do Mato", que fez parte da trilha sonora da novela da TV  Globo, "O Casarão".
Começou sua carreira artística ainda adolescente, aos 15 anos de idade, quando se apresentava em shows e festivais na sua cidade natal, ao lado de Tavito e Toninho Horta. Em 1968, participou do Musicanossa, evento que reunia cantores e compositores no Teatro Santa Rosa (RJ). Lançou seu primeiro compacto simples em 1964, com a música "Maria Madrugada".
Em 1969, ganhou o prêmio de Melhor Intérprete no Festival Universitário Belorizontal (MG). Participou, ainda, de outros festivais de música, como o Festival Internacional da Canção (RJ) e o Festival de Música Popular Brasileira de Belo Horizonte (MG).Fixou residência no Rio de Janeiro a partir de 1970, apresentando-se em casas noturnas como Number One, Flag, 706, Special Bar e Mistura Fina.

Márcio Lott - 1968

Fez parte de vários grupos vocais, como o Quarteto Forma, entre outros. Trabalhou como vocalista em shows e gravações de vários cantores.
Participou de trilhas sonoras de novelas da Rede Globo, como "O primeiro amor, "Selva de pedra", "Uma rosa com amor", "Carinhoso", "O semideus", como integrante do coro vocal, e "Dancing days", "O casarão", "Ossos do barão" e "Cavalo de aço", como solista..
Atuou na gravação de jingles para campanhas publicitárias, realizados por diversas produtoras, como a Zurana, entre outras.
Em 1981, participou do disco "As vozes do jingle", juntamente com Lucinha Lins, Luna, Fabíola, Regininha e Flavinho.

Márcio Lott - 2013

Acompanhou, como vocalista, vários artistas, com destaque para os shows "Baby Gal", de Gal Costa, e "Brasil", de Simone.
Foi um dos integrantes do quarteto vocal Be Happy, que atuou no cenário artístico de 1990 a 1996. Com a dissolução do grupo, tornou-se crooner do conjunto que se apresenta no restaurante Sobre as Ondas.
Atuou nos eventos "Show dos 500 anos" (1998) e "Os 100 anos de música" (1999), realizados pela TV Globo.
Participou do CD infantil "Arco-íris", lançado pela Savalla Records em 1999.

Márcio Lott - 2018

Em 2003, formou, juntamente com Célia Vaz, Ana Zinger e Fabíola, o grupo Vocal Nós Quatro, com o qual lançou CD homônimo no ano seguinte, contendo as canções "Qui nem jiló" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), "Jack Soul Brasileiro" (Lenine), "Feira de Mangaio" (Sivuca e Glorinha Gadelha), "Fotografia" e "Estrada branca", ambas de Tom Jobim, "Oba-la-lá" (João Gilberto), "Revendo amigos" (Joyce), "Farinha e serrado" (Djavan), "Saci" (Guinga e Paulo César Pinheiro), "Você é linda" (Caetano Veloso), "Nada será como antes" (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), "Maria, Maria" e "Canções e momentos", ambas de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Lançou, em 2005, o CD "EmCantos Geraes", contendo obras de Milton Nascimento, Toninho Horta, Paulo César Feital, Dori Caymmi, Fernando Brant, Eudes Fraga, Yuri Popoff, Sueli Costa e Villa-Lobos. O disco, gravado no Estúdio Sinfônico da Rádio MEC, contou com a participação de Cláudio Jorge, Toninho Horta, Eudes Fraga, Áurea Martins, Clarisse Grova e o grupo vocal Nós Quatro, e arranjos assinados por Leandro Braga, Wilson Nunes, Nelson Ângelo e Yuri Popoff.
Em 2008, apresentou-se, com o grupo Nós Quatro, no projeto "Sarau da Pedra", realizado pela Repsol no Instituto Cultural Cravo Albin, com produção de Heloisa Tapajós e Andrea Noronha.

Atualmente mora no Rio de Janeiro e continua sua carreira artística, compondo e se apresentando em shows pelo país.


Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.












sábado, 27 de junho de 2020

Wander Wildner

O cantor e compositor Wander Wildner, como é conhecido Wanderley Luis Wildner , nasceu em Venâncio Aires/RS em 20 de setembro de 1959.

Wander Wildner

Ficou conhecido por participar da banda Os Replicantes, que teve grande importância no punk rock nacional dos anos 80.
Atualmente em carreira solo, participou em dois períodos de uma das mais influentes bandas de punk rock gaúcha, Os Replicantes. Iniciou sua carreira solo fazendo versões de músicas. Posteriormente passou a compor suas próprias canções. Lançou seu primeiro disco solo em 1996, intitulado Baladas Sangrentas produzido por tom Capone, pela gravadora Velas.

Wander Wildner

Teve algumas de suas canções regravadas por Ira! e Tequila Baby.
Participou de uma edição do popular Acústico MTV, intitulada Acústico MTV: Bandas Gaúchas, que reuniu também as bandas Bidê ou Balde, Cachorro Grande e Ultramen.

Wander Wildner - 2020

Em janeiro/2020 lançou a coletânea de regravações solo Canções Iluminadas de Amor e em março lançou o disco PowerTrio AoVivo gravado dia 12/3/2020 no Opinião em Porto Alegre.
Como percebemos continua na ativa e com a mesma irreverência do passado. Contato/Show 42999081000








Célio Roberto

Célio Roberto é um cantor e compositor nascido em Recife/PE, no ano de 1945.

Iniciou a carreira artística nos anos de 1970 na cidade de Recife.  Seu grande sucesso como intérprete foi "Não toque essa música", de 1976, que rendeu 250 mil cópias vendidas.
Como compositor  possui grandes sucessos na voz de outros artistas, como "Rock do Jegue''(ao lado de Bráulio de Castro), um dos maiores sucessos de Genival Lacerda.
Foi de Célio também a primeira gravação de "Entre Tapas e Beijos", que viria a ser um enorme sucesso na voz da dupla Leandro e Leonardo.
Célio gostava de se apresentar com roupas bastante coloridas, sapato bicolor, fivelas avantajadas, várias correntes e medalhas no pescoço e grandes óculos escuros. Gravou 16 LPs, 20 compactos e 5 CDs.

Célio Roberto

Já se apresentou em vários países da América do Sul e ganhou três discos de ouro pelos LPs "Não toque essa música", "Homem de pedra" e "Minha confissão". Também já gravou músicas gospel.
Em 2002, lançou o terceiro CD da carreia, "Quero teu amor", no qual interpretou, entre outras composições, os sucessos "Não toque essa música" e "Homem de pedra", além de "Roque do jegue".

Célio Roberto

Em 2003, participou da "Super coletânea brega", interpretando "Não toque essa música", de sua autoria e Antônio José, "Fantasia de amor", de Leoni Radke e João Valle e "Eu quero teu amor", de sua autoria e João Vale. Nesse mesmo período, sua composição "Mula preta", com Carlos Santorelli e J.Oliveira, gravada por Almir Rogério, foi relançada no CD "As vinte melhores de Almir Rogério".

Célio Roberto - 2018

Atualmente Célio Roberto reside na cidade de São Paulo.











sexta-feira, 26 de junho de 2020

Perlla

Perla da Silva Fernandes nasceu em Nilópolis/RJ no dia 28 de novembro de 1988.

Perlla nasceu na extinta Casa e Maternidade Santo Ignez, em Nilópolis ,Baixada Fluminense. Filha de um casal evangélico, começou cantar aos quatro anos por influência de sua avó, fazendo parte do coral da igreja e também de um grupo teatral dirigido por Gilson (Teatro Juventude Exportação). Passou a infância no bairro de Brás de Pina, zona norte da cidade,. De família pobre, ajudava o pai a coletar sucatas para vender para a reciclagem como forma de sobrevivência da família e também vendia balas e sorvete (do tipo sacolé) na praia.

Perlla

Em 2006, aos dezessete anos e distante dos paradigmas do funk carioca, muitas vezes com palavrões e conotação sexual, a jovem começou a compor e cantar canções que mesclavam funk melody , estilo que fazia sucesso na década de 80 com artistas como Stevie B, e música pop, buscando levar um lado mais puro da música vinda da periferia para as rádios. Em 2004, aos quinze anos, conheceu os produtores DJ Mãozinha e Umberto Tavares , responsáveis pelo sucesso de outros  artistas, que passaram a investir nela como cantora. Na mesma época decidiu mudar seu nome artístico para Perlla com duas letras L, para não ser confundida com a cantora paraguaia da década de 1970, de mesmo nome. Com o sonho de introduzir novamente o estilo do funk melody nas rádios cantando sobre amores e desencontros sem precisar levá-lo para o lado sexual, conseguiu o apoio de uma rádio comunitária em Queimados, na Baixada Fluminense, onde começou a tocar suas primeiras canções. Em 2006 seu álbum demo chegou às mãos do famoso DJ Marlboro e da gravadora Deckdisc, que acabou a contratando.

Perlla

A Deckdisc lançou seu primeiro álbum, "Eu Só Quero Ser Livre", no qual narra as aventuras e desventuras de uma jovem igual a qualquer uma, que só quer curtir a vida. O primeiro álbum de estúdio da cantora foi lançado em 2006 com o single: "Tremendo Vacilão. 
Já fez parte da trilha sonora de novela da Globo, participou do Criança Esperança, ao lado de Felipe Dylon. esteve presente na quinta edição do reality Dança dos Famosos do Programa do Faustão. Fez sua primeira turnê internacional e passou por Japão e Estados Unidos.
Em 2007 lançou seu segundo álbum, sem o mesmo sucesso do primeiro e fez participações em álbuns e shows de outros artistas, como Latino. Foi bastante comentada por seu romance tumultuado com o jogador do Flamengo ( à época ) Leo Moura.  Sua carreira seguiu, entretanto, sem o mesmo brilhantismo.
No ano de 2012 anunciou que viraria cantora gospel e lançou um terceiro disco, já nessa nova linha de trabalho. 

Perlla - 2019

Em 2017 abandonou a carreira gospel e retornou à carreira comercial. Passou aparecer em programas de rádio e TV e alegou que foi grande a insistência do público para que ela retornasse. 
Em 2018 participou do reality A  Fazenda, Após a saída do programa entrou em depressão e chegou a pesar 84 kg ( possui 1,68 m ). Em 2019 passou por uma reeducação alimentar , malhou pesado, fez uma lipoaspiração nos braços e perdeu 18 kg em pouco tempo. A cantora atualmente está separada ( terminou o casamento com Cássio Castilhol pouco após o fim do reality ), possui duas filhas, Pérola e Pietra e retomou com força a carreira.









quinta-feira, 25 de junho de 2020

Guadalupe

Guadalupe Mendonça, conhecida simplesmente como Guadalupe, é uma cantora, compositora e  produtora.
Foi casada com Dominguinhos. Tiveram uma filha, Lívia, que também é cantora e usa o nome artístico de Liv Moraes.

Guadalupe

Em 1980 lançou o LP "Princesa do meu lugar", pela RCA, com direção artística de Osmar Zan e direção de estúdio de Dominguinhos, que ainda fez arranjos de base e participou das gravações tocando acordeom. O disco contou ainda com a participação especial de Hermeto Pascoal, na flauta e sax-tenor. Destacaram-se nesse disco as composições "Levanta seu moço" de Luis Gonzaga Jr., "Francamente (A razão me diz que não)" de Toquinho e Cacaso, "As moças" de Ivan Lins e Victor Martins, "Muriama" de Hermeto Pascoal, "Anjo forasteiro" de Dominguinhos e Rita Lee, além da faixa-título de Belchior e "Velha amiga" de Toquinho e Vinícius. 
Em 1984, participou do especial "Danado de bom" de Luiz Gonzaga na TV Globo, que marcou a despedida artística do "Rei do baião". 

Guadalupe

No ano de 1987 lançou o LP "Rubi grená", pela Continental, com a participação de Dominguinhos no acordeom, Toquinho, na música "Minha rainha" de Dominguinhos, Dom Tronxo e Rubem Valença, além da participação de Fagner na música "Queira ou não queira" de Clodô e Dominguinhos. Destacam-se ainda "Cheiro de alecrim" e "É difícil esquecer você" de Nando Cordel e "Rela rela no chinelo" de Bastinho Calixto e Ana Paula. Neste mesmo ano desempenhou trabalho de atriz na novela "Maçã do Amor", da TV Bandeirantes. Ela interpretava também o tema de abertura da novela, cujo nome era o mesmo do folhetim.
Em 2003, participou do CD "Duetos", de Dominguinhos cantando com ele na faixa "Gostoso demais". 

Casamento com Dominguinhos

Em 2007, ao lado de Sandro Haick, produziu o primeiro CD solo de sua filha, Liv Moraes, lançado pela Gravadora Eldorado. No disco, também realizou participação especial na faixa "Casa tudo azul", de Dominguinhos e Fausto Nilo, ao lado de Dominguinhos. No mesmo ano, teve a sua música "Homenagem a Chiquinho do Acordeon" (c/ Dominguinhos) gravada por Dominguinhos e Yamandu Costa, no CD "Yamandu+Dominguinhos", lançado pela Biscoito Fino. 
 Voltou a produzir um CD de Liv Moraes em 2009, ao lado de Sandro Haick. No disco, "É você", lançado pela Atração Fonográfica, também realizou participação especial na faixa "Ciúme", de Caetano Veloso; além de ter tido uma música sua em parceria com Dominguinhos gravada: "Teu carinho".
Lançou em 2016 um álbum totalmente dedicado ao marido Dominguinhos, o grande cantor, compositor e sanfoneiro de Garanhuns (PE). A homenagem está explicitada já no título do disco, "Dedicado a você", lançado no mercado fonográfico brasileiro pela Canal 3 Distribuidora.
"Dedicado a você" é também o nome de parceria de Dominguinhos com Nando Cordel lançada em disco em 1989 pela cantora paulistana Zizi Possi. Só que a música não figura entre as 13 composições selecionadas por Guadalupe para o álbum. De Dominguinhos, a cantora reaviva Flora, parceria do compositor com Ednardo e com Climério Ferreira, lançada na voz do cearense Ednardo em 1979.

Guadalupe - 2016

O repertório de Dedicado a você também inclui Dia branco (Geraldo Azevedo e Renato Rocha, 1979), Dúvida (Luiz Gonzaga e Domingos Ramos, 1946), Estrada de Canindé (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950), Mucuripe (Raimundo Fagner e Belchior, 1972) e Pai e mãe (Gilberto Gil, 1975), entre outras músicas.
Guadalupe continua suas atividades como cantora e, principalmente, como produtora.








Dellano

Dellano cantor de samba era presença constante nos Programas do Bolinha, principalmente na década de 1980. 
Dentre seus álbuns destacam-se "A Voz do Samba" (1985) e  "Força do Amor" (1987).

Infelizmente não conseguia nenhuma informação para montar a biografia do Dellano, Caso alguém possa contribuir, ficaremos gratos!

Dellano - 1985
Dellano - 1987

Dellano - 1987









Jackson do Pandeiro

(Alagoa Grande/PB, 31 de agosto de 1919 - Brasília/DF, 10 de julho de 1982)

Paraibano, nasceu em uma família grande de artistas populares. Sua mãe, Flora Mourão, era cantora e folclorista de Pastoril e o batizou como José Gomes Filho. Apelidou-o de Jack pelo sua semelhança física com um ator norte-americano de filmes de western dos anos 30, Jack Perry.
Começou na verdade, tocando zabumba, para acompanhar a mãe, mas fazia sucesso na região com o instrumento que marcaria sua trajetória: o pandeiro. Com ele, viajou em busca do sucesso. Passou por Campina Grande e João Pessoa onde adotou o pseudômino de “Zé Jack”. Sua busca pelo sucesso o leva a capital pernambucana.
Decidiu se tornar músico quando ouviu “A Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto). Trabalhando numa padaria forma uma dupla de brincadeira com José Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda.

Jackson do Pandeiro

No início da década de 50, ainda em Recife, começa a se apresentar na Rádio Jornal do Comércio onde, por recomendação de um diretor da emissora, adota o nome artístico de Zé do Pandeiro. Tendo chamado a atenção da direção da emissora consegue gravar seu primeiro compacto de 78 rpm. Era o xote “Sebastiana”, que já demonstrava que além de ser o rei do ritmo, Jackson do Pandeiro, iria buscar inovações estéticas dentro da música nordestina. Ele já arriscava nas suas improvisações de vocalizações com tempo variado dentro de uma mesma música.
Torna-se, depois de alguns compactos, um verdadeiro sucesso no Nordeste e Norte do país. Os ecos do seu sucesso já começavam a chegar ao Rio de Janeiro. O xote “Forró no Limoeiro” foi um sucesso estrondoso e Jackson impunha-se cada vez mais como um artista popular que se pautava pela ousadia numa época de poucos improvisos tupiniquins, vindo a se tornar referência para artistas oriundos tanto da classe popular quanto da classe média brasileira.

Jackson do Pandeiro

No Recife, conhece sua futura esposa, Almira Castilho, uma ex-professora que cantava mambo e dançava rumba Nessa época consegue gravar pela gravadora pernambucana Mocambo seu primeiro sucesso: o xaxado “Sebastiana” de autoria do pernambucano Rosil Cavalcanti.
Jackson e Almira formavam a dupla perfeita. Desde o início se preocupavam com o visual e com as performances de palco. Ela, sensual com um belo jogo de cintura e ele, com toda musicalidade explosão de ritmos e uma voz especial. Almira teve um papel fundamental na vida de Jackson, pois o ensinou a escrever seu nome e o estimulou a expandir sua música além das divisas da Paraíba.
Esta paixão avassaladora os uniu e os levou, em 54, ao Rio de Janeiro. A união em casa e no palco durou até o ano de 1967 quando se desfez a dupla e o casamento.

Jackson do Pandeiro e Almira Castilho

A trajetória de Jackson de Pandeiro não registra números de vendagens significativos, nenhuma aventura pelo exterior e muito menos o charme que cerca os ídolos da música popular brasileira.
Antes de mais nada, Jackson do Pandeiro pode bancar a vinda ao Rio de Janeiro com o dinheiro obtido com o compacto do rojão “Forró no Limoeiro”. Ele queria conhecer os jornalistas que escreviam sobre sua música nos jornais cariocas. Conheceu a maioria deles. Faz ainda algumas apresentações em São Paulo, em boates e em programas de auditório de rádio e tv.
Convidado pelo empresário Vitorio Lattari ele gravou alguns compactos. O público sulista se apaixonou, então, pela embolada “Um a um”. Retornou a João Pessoa e gravou O “Xote de Copacabana” uma homenagem à Cidade-Maravilhosa que o fascinou. Casou-se em outubro de 54, em João Pessoa, com sua parceira.

Jackson co Almira Catilho

Devido a aceitação do público e crítica na sua primeira ida ao Rio de Janeiro, decidiu, em 55, se mudar definitivamente com a esposa Almira. Se apresentou nas emissoras de rádio, Tupi e Mayrink Veiga, e foi contrato pela Rádio Nacional. A partir daí, Jackson do pandeiro começou a transformar o rumo da música nordestina, freqüentando assim como Luiz Gonzaga, o eixo central da indústria cultural do país.
A pedido da demanda do mercado musical carioca, Jackson do Pandeiro gravou marchas de carnaval, como “Mão na toca”, “Intenção” e “Boi da cara preta”. Em 62, ele veio a gravar um grande sucesso carnavalesco, a marcha “Me segura que eu vou dar um troço”.
Adaptado aos diversos ritmos brasileiros de raiz, Jackson do Pandeiro demonstrou ser artista com livre trânsito na base musical brasileira, um artista completo. Ele começou então a misturar a malandragem e a malícia do samba carioca com o suingue das emboladas e dos cocos nordestinos.
Durante a década de 50, Jackson e Almira ganharam projeção na mídia nacional e começaram a atuar como artistas em filmes populares, como "Minha sogra é da polícia", "Cala boca Etevilna", "Tira a mão daí" e "Batedor de carteiras". Destaque para a película "Tira mão daí" , de 1956, em que o músico atuou ao lado de Ângela Maria, Virgínia Lane e das irmãs Linda e Dircinha Batista.
Até a dissolução da dupla, o trio "Pau de Arara" - formado pelos irmãos Geraldo "Cícero", João "Tinda" Gomes, pelo sobrinho Severino e Vicente e Pacinho - os acompanhava no formato de típico de "trio" nordestino - zabumba, triângulo, arcodeon, pandeiro e violão. Depois da dissolução, o conjunto foi rebatizado de Borborema.

Jackson do Pandeiro - 1981

O primeiro álbum saiu em 54 pela Columbia (mais tarde absorvida pela Continental) reuniu compactos e lançou o primeiro álbum da dupla intitulado "Sua Majestade - O Rei do Ritmo". O trabalho que traz diversas composições de compositores nordestinos pode ser considerado um apanhado dos ritmos que se encobrem o título do forró.
O acelerado ritmo do rojão aparece em quatro músicas: “Forró em Caruaru” (Zé Dantas); “Cabo Tenório” (Rosil Cavalcanti), “1X1”(Edgar Ferreira) e “O crime não compensa” (Genival Macêdo e N. de Paula). O coco tipicamente alagoano aparece em quatro músicas: “Sebastiana” (Rosil Cavalcanti); “Cremilda” (Edgar Ferreira); “A mulher do Aníbal” (Genival Macêdo e N. de Paula) e “Coco Social” (Rosil Cavalcanti). O ritmo sincopado do xote aparece em “Cremilda” (Edgar Ferreira) e “Xote de Copacabana” (Jackson do Pandeiro). O batuque nordestino aparece em “O Canto da Ema” (Alventino Cavalcanti, Ayres Vianna e João Vale). O samba aparece em “Falsa patroa” de autoria do sambista carioca Geraldo Jacques Pereira e de Isaias de Freitas.
Na sequência, vêm os LPs "Jackson do Pandeiro", "Forró de Jackson", "Os Donos do Ritmo", "A tuba de muié" e "O Cabra da Peste" que coroam o sucesso da dupla Jackson - Almira dentro da música popular brasileira. Um dos seus maiores sucesso foi o samba “Chiclete com Banana” que demonstra uma visão cosmopolita da música brasileira, pois a composição de Jackson e Gordurinha tem uma letra de concepção antropofágica em defesa da música nacional: "quero ver o Tio Sam, numa batucada brasileira".

Jackson do Pandeiro

Os sucessos se repetiram nas AMs de todo Brasil: o arrasta-pé “Casaca de Couro”; o xamêgo “Forró na gafieira”; o baião “A cantiga do sapo”; os cocos “O Falso Toureiro” e “Cajueiro”. A parceria com Gordurinha gerou outra pérola do cancioneiro popular: o samba-coco “Meu enxoval”.
Demonstrando que o forró acompanhava a história do país absorvida pelo imaginário popular, Jackson do Pandeiro gravou o forró de Edgar Ferreira “Ele disse”, baseado na carta-testamento do ex-presidente Getúlio Vargas.
A aula de sofisticação da música de raiz nordestina de Jackson do Pandeiro continuou no balanço de “Capoeira mata um”, no forró de autoria da esposa, “Forró Quentinho”, e no baião “Bodocongó” de autoria de Humberto Teixeira e Cícero Nunes.
No final dos anos 60, a dupla foi perdendo espaço na mídia, principalmente, devido ao fenômeno da Jovem Guarda. Em decorrência de desavenças amorosas na relação de Jackson com Almira, a dupla se desfez em 67. Nos anos subsequentes, Jackson caiu numa espécie de ostracismo artístico, fruto do fim do relacionamento e das mudanças no mercado fonográfico nacional.
Em menos de dois anos, se apaixona por Neusa da Silva e passa a viver com ela até o resto de sua vida.
Com o advento da Tropicália e seu resgate da música nordestina Gilberto Gil regravou, em 72, e fez sucesso com “Chiclete com Banana”, gravado no álbum "Expresso 222". Na faixa-título desse álbum fica evidente a influência de Jackson do Pandeiro na construção rítmica e vocal da música. Anos depois, ele regravaria ainda “O Canto da Ema” e “A Cantiga do Sapo”.

Jackson e Neuza, sua última esposa

Gal Costa regravou “Sebastiana” e o cantor e compositor Alceu Valença o chama em 72 para defender em dupla com o coco-elétrico “Papagaio do Futuro”. Um público jovem de classe média universitária começou a se interessar pela música de Jackson do Pandeiro.
Reestimulado pelo apoio, Jackson do Pandeiro voltou a gravar, em 72, pela CBS e lançou outro álbum primoroso: "Sina de Cigarra". Os destaques para a faixa-título e o primeiro rojão gravado, “Catirina”, do compositor alagoano Jararaca e “O Puxa Saco”, de Zé Catacra. Também, a malemolência do samba carioca na divisão de voz de Jackson em “Chico Chora”, de autoria de Bezerra da Silva -Ataylor de Souza e Paulo Filho.
Dois anos depois, ele gravou o álbum "Se tem mulher to lá" da gravadora Chantecler. que conseguiu alcançar projeção nas rádios AMs.
Nos anos seguintes, continuou a fazer shows pelo Brasil afora, mas tem seu nome artístico ligado mais à sazonalidade das festas juninas do que ao mercado de MPB, apesar do reconhecimento da crítica especializada. Lançou ainda nos anos 70, os LPs "Um nordestino alegre" e "Nossas raízes", mas já sem a mesma projeção nacional dos anos 50.
Em 81, gravou pela Polygram seu último trabalho: "Isso é que é forró" que trouxe um Jackson do Pandeiro exibindo música forrozeira em “Quem tem um não tem nenhum “e sambas sincopados, como o “Competente demais”, de sua autoria. O último disco contou com a presença do conjunto Borborema e com a produção de Armando Pittigliani , que respeitou os arranjos concebidos por Jackson do Pandeiro.

Jackson do Pandeiro

No ano seguinte, durante excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro, que era diabético desde os anos 60, morreu, aos 62 anos, em Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11/07 no cemitério do Cajú no Rio de Janeiro com a presença de músicos e compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da MPB.
O futuro da carreira parecia se reabrir, pois a Ariola queria fazer um disco dele com participações com nomes da MPB, como Alceu Valença, Moraes Moreira e Elba Ramalho. Não houve tempo para o reencontro de Jackson do Pandeiro com o sucesso e com uma outra geração de fãs.
Um ano após a morte de Jackson, foi realizada em São Paulo a Mostra "30 anos de Rojão" que reuniu fotos, filmes e shows em homenagem a Jackson do Pandeiro. O evento contou com a participação de Zé Keti, Mineirinho, Odair Cabeça de Poeta, Paulinho Boca de Cantor, Edgar Ferreira.
O paraibano Jackson do Pandeiro foi escolhido para ser o artista homenageado na Décima-Primeira edição do Prêmio Sharp que foi realizado em 13 de maio de 97. A nata da MPB prestou tributo a Jackson do Pandeiro em interpretações ou em regravações. A lista de nomes é grande e não pára a cada ano de crescer: Alceu Valença, Gilberto Gil, Gal Costa, Lenine, João Bosco, Paralamas do Sucesso, Geraldo Azevedo, Genival Lacerda, Zé ramalho, Tom Zé, Cascabulho, Chico César, Leila Pinheiro e Chico Buarque.







Gustavo Lins

Gustavo Barreira Lins, ou simplesmente Gustavo Lins, nasceu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, em 3 de junho de 1986. Gustavo nasceu na Tijuc...