terça-feira, 30 de junho de 2020

Toni Vestane

O cantor, compositor e produtor fonográfico Antonio Vestanio Gonçalves Cost (Toni Vestane) nasceu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, em 1933.

Aos dezesseis anos, começou a dar canjas na boate Tudo Azul, em Copacabana (RJ), além de se apresentar como cantor amador em clubes e festas na zona sul da cidade. Participou de programas de calouros nas emissoras cariocas de Rádios e, em fins de 1952, ao se candidatar a um lugar na boate Posto Cinco, na Avenida Atlântica, em Copacabana, encontrou Antonio Carlos Jobim, também procurando emprego, por quem intercedeu junto ao dono da casa. Não conseguiu o lugar de crooner, mas Tom Jobim assinou o segundo contrato como pianista na noite, passando a revezar com o amigo e parceiro Newton Mendonça, que estreara profissionalmente na noite, antes dele, na mesma boate. Do episódio nasceu uma boa camaradagem entre Toni e Tom que perdurou durante toda a década de 1950.

Toni Vestane

Sua estréia profissional como cantor ocorreu em 1953, com o conjunto de Arnaldo Costa na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no Posto Seis, em Copacabana (RJ), no edifício que mais tarde viria a sediar a TV Rio Canal 13. Em seguida, apresentou-se no Ranchinho do Alvarenga, casa da dupla Alvarenga e Ranchinho. A partir de então, atuou regularmente, durante oito meses, no quadro “Um cast de novos para o Programa César de Alencar” (Campeonato Brasileiro de Cantores Novos), na Rádio Nacional, passando a cantar também na boate Tudo Azul, em Copacabana, cuja atração era o pianista Ribamar e seu conjunto. Tornou-se amigo de Ribamar e, em 1954, foi contratado como crooner do grupo, no qual permaneceu até 1958. Nesse período participou de várias gravações e turnês do conjunto. Ainda em 1954, estreou em disco gravando “Amendoim torradinho” (Henrique Beltrão) e “Sorriu p’ra mim” (Garoto e Iraci de Abreu de Medeiros Rosa). A primeira se transformaria num clássico da música popular brasileira.
Na primeira viagem profissional, esteve em Belém do Pará, em 1954, ao lado de Ribamar e da cantora Neuza Maria. Nessa época, tornou-se grande amigo e confidente de Dolores Duran, com quem conviveu com muita proximidade, até a morte da cantora e compositora em 1959. Ele e Marisa Gata Mansa foram os maiores amigos de Dolores, sendo um dos primeiros a encontrar o corpo falecido da cantora no apartamento da Rua Gomes Carneiro, em Ipanema.

Toni Vestane

Em meados dos anos 1950, participou do filme “No mundo da lua”, de Roberto Faria, cantando “Dorinha, meu amor” (José Francisco de Freitas).
Em 1958, atuou como cantor da boate Dominó, no Beco do Joga a Chave, em Copacabana (RJ), ao lado da cantora Geny Martins, acompanhado pelo então jovem pianista Sérgio Ricardo, depois consagrado compositor e cantor. No Beco, conviveu e tornou-se amigo de Newton Mendonça, pianista da boate Le Carroussel, que funcionava em frente ao Dominó. Nesse mesmo ano, tem gravada pela primeira vez uma composição de sua autoria: “Noite e dia” (c/ Fernando César), na voz de João Dias. Ainda em 1958, sua canção “Tudo que sonhei” foi classificada, na interpretação de Helena de Lima, no concurso “Um milhão por uma canção”.
No ano seguinte, lançou o LP “Toni”, que incluiu o primeiro registro de “Menina feia” (Luvercy Fiorine e Oscar Castro Neves), além das canções “A noite do meu bem” (Dolores Duran), “Se ninguém te ama” (Osvaldo Barbosa e José Reis), “Volte num dia de chuva” (Fernando César e Dolores Duran), “Se você soubesse” (Valmurio), “Onde for” (Tito Madi e Milton Silva), “Conversa” (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), “A felicidade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Carinho e amor” (Tito Madi) e “Pode implorar” (Nilo Sergio e Sebastião Fonseca).

Toni Vestane

Em 1960, trabalhou, ao lado de Sara Rios, como crooner da Orquestra de Oswaldo Borba, grupo também integrado por Juarez Araújo (1930-2003) no sax.
Em 1961, cantou com D’Ângelo e seu conjunto, ao lado de Marcos Moran.
Retomou, em 1964, sua participação no conjunto de Ribamar.
Ainda no início dos anos 1960, associou-se a Osvaldo Cadaxo para fundar a gravadora Equipe, responsável por memoráveis (e hoje disputados) álbuns de música brasileira e internacional, e pela série “Os catedráticos”, que lançou como band leader Eumir Deodato.
Durante as décadas de 1950 e 1960, participou de programas de TV no Rio e em São Paulo, chegando a ter um programa exclusivo na TV Rio, Canal 13.
Suas composições foram gravadas por Ângela Maria, Silvio César, Marisa Gata Mansa, Emílio Santiago e Eumir Deodato, entre outros artistas.
Até 1985, quando abandonou a carreira artística, foi cantor de várias gravações, fez cinema e televisão.

Fonte: Dicionário Cravo Albin.




















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