quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Alceu Valença

O cantor e compositor Alceu Paiva Valença nasceu em São Bento do Una, Pernambuco, 1 de julho de 1946.

Filho de Décio e Adelma, nasceu na Fazenda Riachão, agreste pernambucano, onde viveu até os cinco anos de idade.

Em 1950, participou de um Concurso Infantil no Cine Teatro Rex em São Bento do Una (PE), cantando “É Frevo Meu Bem”, de Capiba, no qual recebeu a segunda colocação.

Mudou-se com a família para Garanhuns (PE), em 1952, onde estudou no Colégio Diocesano.

A família seguiu para a capital pernambucana, Recife, em 1955, onde passou a freqüentar o Colégio Nóbrega e, posteriormente, o Padre Félix.

Em 1959, começou a jogar basquete pelo Clube Náutico Capibaribe e pela seleção pernambucana.

Iniciou, em 1965, o curso de direito na Universidade do Recife (PE).

Em setembro de 1968, participou do I Festival Universitário Brasileiro da MPB, no Rio de Janeiro, com “Maria Alice”. Em outubro do mesmo ano, com “Diálogo”, esteve no I Festival Universitário da MPB (Canto do Norte 68), no Recife.

Através de um programa de intercâmbio estudantil participou, em 1969, de conferências na Universidade de Harvard (Boston, EUA). Formou-se advogado pela Faculdade do Recife. No mesmo ano, “Acalanto para Isabela” e “Desafio Linda” receberam, respectivamente, a primeira e a terceira colocação na fase regional do I FIC, em Recife. “Acalanto para Isabela” foi eleita para participar do I Festival Internacional da Canção nacional, realizado no Rio de Janeiro.

Em junho de 1970, colocou “Manhã de Clorofila” no III Festival Universitário de MPB, no Recife. Em julho, inscreveu no Balaio do V Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, três composições: “Fiat Lux Baby”, “Erosão” e “Desafio Linda”.

Ainda em 1970, nasceu, no Recife, Alceu Valença Filho, o Ceceu, primeiro filho de Alceu Valença, com Eneida, sua primeira esposa. Nesse mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Alceu Valença integrou, em 1971, o elenco do show “Erosão a Cor e o Som”, no Teatro Popular do Nordeste, na capital pernambucana. Em agosto do mesmo ano, aconteceu no Rio de Janeiro, o IV Festival Universitário da MPB, no qual classificou “Água Clara”, “78 Rotações” (parceria com Geraldo Azevedo) e “Planetário”.

No ano seguinte, classificou “Papagaio do Futuro” para o VII Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro. A canção foi interpretada por Alceu e Jackson do Pandeiro. Apresentou em Recife o show “Papagaio do Futuro”. Nesse mesmo ano, gravou seu primeiro disco, pela Copacabana, ao lado de Geraldo Azevedo. “Alceu Valença e Geraldo Azevedo” é o primeiro registro discográfico da carreira de Alceu.

Em 1974, montou o show “O Ovo e a Galinha” no Recife.

No ano seguinte, participou do Festival Abertura, promovido pela TV Globo, no Rio de Janeiro, com a canção “Vou Danado pra Catende”, e recebeu do júri o prêmio de “melhor pesquisa musical”. Ainda em 1975, estreou o show “Vou Danado pra Catende” no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, que se transformou no repertório do primeiro disco ao vivo, “Vivo”, lançado no ano seguinte pela Som Livre.

Ao lado de Jackson do Pandeiro, Alceu Valença fez, em 1976, uma série de shows para o Projeto Seis e Meia, inicialmente no Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro e depois em outras cidades brasileiras.

No ano seguinte, houve o lançamento do LP “Espelho Cristalino”, pela Som Livre.

Em 1978, percorreu várias cidades do país com o Projeto Pixinguinha, dividindo o palco com Jackson do Pandeiro. Levou o repertório de “Espelho Cristalino” para o palco com o show “Alceu Valença em noite de black tie”.

No ano seguinte, fez uma pequena temporada de shows, intitulada “Alceu Valença em noite de au revoir”, na Escola de Artes Visuais, no Rio de Janeiro, antes de seguir para uma temporada de shows na França. Em Paris, apresentou temporada no Teatro Campagne Première, gravou informalmente o disco “Saudades de Pernambuco” (que permanece inédito no Brasil), percorreu algumas cidades européias como Lyon (França), Nyon (Suíça, para participar do Nyon Folk Festival) o interior da Alemanha, além de gravar um show para a RTF (Radio Television Française). De volta ao Brasil apresentou no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, o show “O Cantador”.

Lançou o LP “Coração Bobo” (Ariola), em 1980, cuja música de mesmo nome estourou nas rádios de todo o país, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. No ano saeguinte, lançou “Cinco Sentidos” (Ariola).

Com o disco “Cavalo de Pau” (Ariola), Alceu Valença fez sucesso em todo o país em 1982. Foi o primeiro sucesso de vendas da carreira de Alceu, que alcançou a marca de 500 mil cópias em poucos meses, feito considerável para a época. Em julho levou o espetáculo ao festival de Montreux, na Suíça e fez shows em Portugal e França. Em 1983, lançou o disco “Anjo Avesso” (Ariola) e, em 1984, o disco “Mágico” (Barclay), com o qual fez uma turnê brasileira e apresentou-se no Festival de Nice (França).

Em janeiro de 1985, participou do Rock in Rio, primeiro grande festival musical internacional realizado no país. Seu show foi um dos mais elogiados pela crítica. Nesse mesmo ano, lançou “Estação da Luz” (RCA), fazendo turnê brasileira e apresentação em Havana (Cuba). Ainda em 1985, lançou o LP “Ao Vivo”, pela Barclay/Polygram, ex-gravadora de Alceu.

Em 1986, apresentou-se com o show “Rubi” (RCA) no Brasil e no estádio de La Villete, em Paris (França).

No ano seguinte, lançou “Leque Moleque” e apresentou-se no Carnegie Hall, Nova Iorque (EUA).

Gravado ao vivo no Rio de Janeiro em 1988, o show “Oropa, França e Bahia” foi transformado em disco pela RCA e excursiona em diversas cidades brasileiras. No exterior, vai a Paris (França), Stutgart, Munique, Frankfurt, Colônia, Hamburgo (Alemanha) e Viena (Áustria).

Em 1990, lançou “Andar Andar” (EMI).

Alceu Valença foi um dos poucos artistas brasileiros que integraram o elenco nacional do Rock in Rio II realizado em 1991. Apresentou-se na mesma noite de Santana e Prince, fechando a noite com um show considerado antológico pela crítica.

No ano seguinte, lançou “7 Desejos” (EMI). Ainda em 1992, nasceu, no Rio de Janeiro Juliano Miranda Valença, segundo filho de Alceu, com Daniela Miranda, sua segunda esposa.

Lançou “Maracatus, Batuques, Ladeiras” (BMG) em 1994.

Ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho, Alceu Valença participou, em 1996, da série de shows “O Grande Encontro”, que percorreu diversas cidades brasileiras e registrada pela gravadora BMG no CD de mesmo nome.

Em abril de 1997, foi ao Festival de Montreux apresentar o show “O Grande Encontro”. Em maio, gravou “Légua Tirana” para o disco “Asa Branca”, de Dominguinhos (Velas). Tamvém foi lançado “Sol e Chuva”, pela Som Livre, em comemoração aos 25 anos de carreira.

No ano seguinte, fez novo show no Festival de Montreux. O CD “Forró de Todos os Tempos” foi gravado de forma independente e lançado pela Sony.

Em abril de 1999, Alceu Valença foi submetido a uma cirurgia cardíaca, no Rio de Janeiro, para a colocação de ponte de safena. No mesmo ano, lançou “Todos os Cantos” (Abril Music), gravado ao vivo em apresentações no Recife, em Olinda e em Montreux (Suíça), onde havia se apresentado em 1998. Praticamente recuperado da cirurgia, em maio de 1999, recebeu, junto com a notícia da extinção da premiação, o Prêmio Sharp de Música nas categorias ‘Melhor CD Regional’ por Forró de Todos os Tempos e ‘Melhor Cantor Regional’. Pouco depois, em julho, recebeu novo reconhecimento, o 12º Troféu Eletrobrás de MPB.

Em julho de 2000, participou da noite “Pernambuco em canto: carnaval de Olinda”, no Festival de Montreux (Suíça), ao lado de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos e Moraes Moreira.

Em 2001, lançou o CD “Forró Lunar” (Sony Music), no mesmo ano em que nasceu, no Rio de Janeiro, Rafael Montenegro Valença, terceiro filho de Alceu, com Yanê Montenegro.

Em 2002, lançou o CD “De Janeiro a Janeiro”, em comemoração aos 30 anos de carreira. De forma independente, o CD saiu pelo selo Tropicana, do próprio Alceu Valença, encartado na Revista Música de Atitude, distribuído em bancas de jornal.

Em maio de 2003, gravou novo projeto ao vivo no Rio de Janeiro (Indie Records), reunindo vários sucessos em CD e, pela primeira vez, em DVD. Em julho do mesmo ano, foi agraciado com o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria "Melhor cantor regional", pelo CD "De Janeiro a Janeiro", em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Alceu Valença apresenta-se, em 2009, em shows por todo o Brasil.

Fonte: Site Oficial Alceu Valença.

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