Lady Zu |
Filha de pernambucanos, Lady Zu, pseudônimo de Zuleide Santos Silva, nasceu no bairro do Canindé, em São Paulo. Ao perceber que a pequena Zu gostava de brincar de artista, seu pai resolveu levá-la aos estúdios da TV Cultura para se apresentar no programa de talentos infantis "O Dois É Nosso". Sua primeira interpretação foi o samba "Triste Madrugada", da autoria de Jorge Costa.
No Programa Sílvio Santos / 1969 |
Fã de Aretha Franklin e Tina Turner, fez diversos testes para crooner em casas noturnas, mas sempre era vetada por ser ainda muito jovem.
1969 |
Seu primeiro disco, um compacto simples com a música "A Noite Vai Chegar", de Paulinho Camargo, tornou-se um hit instantâneo nas rádios e nas pistas de dança de todo o país. O sucesso foi incluído na trilha sonora da bem-sucedida novela "Sem Lenço, Sem Documento", da Rede Globo, o que, por si só, era um feito e tanto para uma cantora nova. ‘‘Tocava de Norte a Sul. Era superlegal porque todos dançavam, blacks e brancos. Isso era chiquérrimo e verdadeiro’’, relembra ela.
1978 |
Capturando de forma brilhante a moda das discotecas da época, o LP foi muito mais além: os arranjos fundiram, de forma bem-sucedida, a fórmula sincopada da disco music com ritmos tipicamente nacionais, como o forró, o baião e, claro, samba. Tornaram-se grandes sucessos, além da faixa-título, "Só Você (Por Você, Com Você)" (de C. Dalto/P. Greedus) - tema da novela Te Contei?, "Novidades" (de Peninha) e "Com Sabor" (de Nelson Motta / Dom Charles).
Lady Zu |
O segundo disco de Lady Zu, "Fêmea Brasileira", foi lançado em 1979 e, de imediato, alçou aos primeiros lugares a música "Hora de União (Samba Soul)", um dueto com seu autor, Totó Mugabe. A canção foi incluída na trilha-sonora da mania nacional da época, a novela "Dancin' Days", da Rede Globo - garantindo-lhe alcance ainda maior de público.
Apesar de manter a fórmula disco music na linha de frente ("Disco Dance" (de Totó Mugabe), "Dança Louca" (de Paulinho Camargo) - tema da novela Marron Glacé -, e "Um Pra Lá, Dois Pra Cá) (de T. Mugabe), "Fêmea Brasileira" acenava com a possibilidade de uma guinada para o samba-funk ou mesmo para a MPB. Nesse disco, o clássico "Boneca de Pixe", de Ary Barroso, foi revisto numa deliciosa parceria de Lady Zu com o cantor Luís Vagner. Além disso, "A Banda", de Chico Buarque, ganhou uma inesperada versão dançante.
Com Peninha / 1979 |
Em 1989, também pela Continental, gravou seu quarto álbum, "Louco amor". Com composições de Chico Roque, Paulo Sérgio Valle, Robson Jorge, dentre outros, a cantora resolveu deixar seu passado de "rainha das discotecas" de lado para centrar forças nas músicas românticas. A produção ficou a cargo de Frankye Arduini. Uma nova versão de "Junto A Mim" ganhou repercussão nas rádios. Outros destaques são "Contrato Assinado" (que ganharia versão com Sandra de Sá) e "Foi demais", esta de sua autoria em parceria com Satch.
Oito anos mais tarde, ela foi uma das convidadas especiais do disco de estréia do cantor Carlos Navas, intitulado "Pouco Pra Mim", lançado pela gravadora Dabliú. Juntos, eles gravaram "Me Leve", de Djavan. Em 2000, Lady Zu participou do 4º disco solo de Márcia Freire (vocalista da Banda Cheiro de Amor). Sua contribuição foi no inusitado dueto "Está Chovendo Homem", versão para a saltitante "It's Raining Men" da dupla norte-americana The Weather Girls.
2007 |
Em 2002, Lady Zu lançou outro álbum de carreira, intitulado "Number One", pela Abril Music. No CD, ela revisita seus dois maiores hits, "A Noite Vai Chegar" e "Hora de União". Mas a hora da saudade termina aí. O novo disco revela uma Lady Zu em harmonia com as novas tendências da música eletrônica, do rhythm and blues e do hip-hop. ‘‘Fiquei diante de 500 músicas e queria encaixá-las ao gênero R&B. Foi um trabalho sem pressa, legal e elaborado.’’, disse à imprensa na época do lançamento. O disco também traz "Assim Não Dá" (Hannah Lima) e "Você é tudo o que eu quero para mim" (versão de Cláudio Rabello), músicas que tiveram boa repercussão nas rádios e TV. Outros destaques: a regravação de "Felicidade Urgente" (Cláudio Zoli e Ronaldo Santos); "Só Uma" (Kiko Zambianchi) e "Eu Vou te Provar", de sua própria autoria, em parceria com o filho Lafayeth Persaud.
2009 |
A importância de Lady Zu no cenário da música nacional começou finalmente a ser reconhecida. No início de 2006, a gravadora Som Livre lançou a coletânea "Soul Brasil", que incluiu "Hora de União (Samba Soul)" (versão original de 1979), com o famoso dueto com Totó. Além disso, o grupo mineiro de black music Berimbrown a convidou para participar do disco "Mestres Negros da Música Brasileira", em que reverencia grandes artistas do país. A música escolhida, é claro, foi também "Hora de União (Samba Soul)".
Álbuns
"A Noite Vai Chegar" (Philips/Universal, 1978)
"Fêmea Brasileira" (Philips/Universal, 1979)
"Louco Amor" (Continental, 1989)
"Number One" (Abril, 2002)
Compactos
"A Noite Vai Chegar/Eu Prefiro Dançar" (1977)
"Só Você/Hora de União" (1979)
"Disco Dance / Valeu A Pena / Dança Louca / Boneca de Pixe" (1979)
"Disco Dance / Dança Louca" (Disco Mix, 1979)
Projeto Especial
"Alma Negra" (Continental, 1988)
(com Carlinhos Trumpete/Tony Bizarro / Tony Tornado / Luís Vagner)
Participações Especiais
"Me Leve" (dueto com Carlos Navas)
CD "Pouco Pra Mim" (Dabliú, 1997)
"Está Chovendo Homem" (dueto com Márcia Freire)
CD "Timbalayê" (Abril, 1999)
Trilhas Sonoras
"Sem Lenço Sem Documento" (Som Livre, 1977)
"Te Contei" (Som Livre, 1978)
"Roda de Fogo" (Elenco, 1978)
"João Brasileiro" (Elenco, 1978)
"Marron Glacê" (Som Livre, 1979)
"Dancin' Days" (Som Livre, 1979)
"A Partilha" (Som Livre, 2001)
"A Pequena Travessa" (SBT, 2002)
"Soul Brasil" (Som Livre, 2005)
"Discoteca do Chacrinha" (Universal, 2005)
Em 2006, Lady participou do programa "Rei Majestade", do SBT, e vem realizando shows por todo país.
No carnaval de 2009, Lady Zu foi homenageada pela cantora Daniela Mercury.
Fontes: Site Oficial Lady Zu e Wikipedia.
Lady Zu - "Disco Dance" - Programa Carlos Imperial / 1979
Lady Zu - "Só Você"
Lady Zu - "A Noite Vai Chegar" - Programa Rei Majestade / 2006
A diva da nossa discoteca brasileira. Funk/Soul, muito bem representado.
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