sábado, 1 de dezembro de 2012

Célia

(São Paulo/SP, 8 de setembro de 1947 ******* São Paulo/SP, 29 de setembro de 2017).

Aos 13 anos, a cantora Célia Regina Cruz começou a se interessar por música. Estudou violão clássico e popular, harmonia, teoria e composição. Incentivada por diversos amigos, decidiu dedicar-se ao canto.


Célia - 1973

Em 1970, foi lançada no programa "Um Instante Maestro", de Flávio Cavalcanti, obtendo grande êxito. Tanto que em 1971 já gravava seu primeiro LP na Continental, “Célia”, celebrado com vários prêmios.
No ano seguinte, gravou novo disco, com canções como "Detalhes" e "A Hora É Essa" (ambas de Roberto & Erasmo Carlos) e a partir de então participou de alguns festivais da canção na Venezuela e no Uruguai.
Em 75, lançou seu terceiro LP, com "Camisa Amarela" (Ary Barroso), "Onde Estão os Tamborins?" (Pedro Caetano) e "Não Há Porque" (Ivan Lins e Vitor Martins). Em 77 gravou o quarto LP, dedicado a renomados autores de samba, e estreou o show "Por um Beijo", no Teatro Pixinguinha (SP), ficando em cartaz por seis meses.

Célia

Em 79, excursionou pelo Brasil com o projeto Pixinguinha, ao lado de Paulo Moura. Nos anos seguintes, continuou fazendo shows em teatros e boates para seu público cativo - especialmente em São Paulo, sua cidade natal -, tais como "Toda Delícia" (80), "Fogo, Por Favor" (82), "Força" (83) - este ao lado de Rosa Maria e Miriam Batucada -, "Vento Bravo" (84), "A Louca do Bordel" (91), entre outros.


Célia - 1971

Nos anos 80 lançou mais dois discos. Depois, só voltaria aos estúdios em 1993, com "Louca de Saudade". Em 95, estrelou o show "Os Gordos Também Amam" em dupla com o empresário e dublê de cantor José Maurício Machline. No ano seguinte, comemorou 25 anos de carreira com o show "Célia e Banda Son Caribe", no Espaço Vinicius de Moraes (SP), com repertório de salsas, mambos e merengues.
Em 98, realizou o show "Ame" em dupla com o cantor Zé Luiz Mazziotti no Tom Brasil, cantando clássicos da MPB. Ao lado do mesmo Zé Luiz, gravou em 2000 o CD "Pra Fugir da Saudade" (Jam), dedicado aos sambas de Paulinho da Viola.
Em 2007 lançou o disco “Faço no tempo soar minha sílaba”, em parceria com o violonista Dino Barioni, um repertório apurado e de arranjos de caráter camerístico, daqueles que se ouve com minúcia e curiosidade. Releituras de músicas pouco conhecidas de nomes consagrados de diversas épocas, compõe a diversidade da seleção, que começa com “Muito romântico”, de Caetano Veloso, “Cabaré”, de João Bosco e Aldir Blanc, passando pelo samba “Pressentimento”, de Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho e “Disritmia”, de Martinho da Vila, além da canção de Lamartine Babo, performada como um choro cantado, “Serra da Boa Esperança”, entre outras faixas.


Célia

Algumas peculiaridades em certas faixas valem a audição do CD: a delicadeza pouco revelada de Luiz Gonzaga, em parceria com José Ramos, na valsa “Dúvida”, mostra Dino com seu violão seresteiro acompanhado pelo acordeon de Dominguinhos, assim como uma graciosa versão do calypso “Geraldinos e Arquibaldos”, composta por Gonzaguinha em 1975 para seu disco “Plano de vôo”.
No encarte deste disco, escreveu o letrista-compositor Hemínio Bello de Carvalho: “Cantora e intérprete, quase nem sempre andam juntas. No caso de Célia, não. Ela sabe ler nas entrelinhas, ajusta-se aos versos, e a eles se entrega com emocionante dadivosidade. Célia ama a música, e por ela é correspondida. Eu amo Célia, e é um régio presente dos deuses reouví-la tão bem produzida e magnificamente acompanhada.”
Tornou-se conhecida do grande público com a gravação de “Onde estão os tamborins”, na década de 1970. Vendeu mais de 70 mil cópias e ganhou prêmios como o "Roquete Pinto" e o "Elena Silveira", além de vários discos de ouro.
Fez shows na Itália, França e países da América Latina, chegando a fazer uma apresentação para o príncipe Rainier 3º em Mônaco.

Eu ao lado da amada Célia - 2008

Em 2010, acertou com precisão o tom de Vidas inteiras – uma bela e quase desconhecida de Adriana Calcanhotto, composta para a trilha sonora do filme Polaroides urbanas (Brasil, 2008) – em gravação feita para o álbum O lado oculto das canções (2010).
Em 2011, teve outro instante grandioso ao sobressair no elenco do tributo A voz da mulher na obra de Taiguara por jogar luz sobre Mudou (1972), outra bela e desconhecida canção, esta da lavra guerrilheira do compositor uruguaio-brasileiro Taiguara Chalar da Silva (1945 – 1996). Célia deu aula de interpretação ao dar voz a Mudou.
Em 2012 teve a canção "Nosso Amor", do cd "Outros Românticos", incluida na trilha sonora da novela "Guerra dos Sexos".
Em 2015, no (por ora) último álbum da carreira, Aquilo que a gente diz, a cantora pescou pérola rara do compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 – 1974), Eu sou aquele que disse (1973), traduzindo na voz a ansiedade, a angústia e a inquietação dessa música que fervilhou no caldeirão existencial de Sampaio.

Célia

Apesar de ter vários discos gravados, nunca obteve grandes sucessos radiofônicos, destacando-se como cantora da noite paulistana.
Célia morreu aos setenta anos. Ela ficou internada por cerca de um mês no Hospital Sancta Maggiore para o tratamento de um câncer. A informação foi publicada em sua página oficial no Facebook: "É com imensa tristeza que informamos o falecimento da cantora Célia". O velório ocorreu no cemitério do Araça e o corpo cremado no cemitério da Vila Alpina. 

Fonte: Wikipédia / Cliquemusic.




















3 comentários:

  1. SENHORES,

    Gostaria de me tirarassem duas duvidas sobre a cantora Célia:
    1 - ela não foi casada com Antonio Carlos, que fazia dupla com Jocafe?

    2 - certa vez a ouvi cantando, do Lupicinio, a musica Vingança. Foi a coisa mais linda que já ouvi e fiquei então fâ do compositor e da cantora, que desapareceu e nunca mais a vi em qualquer lugar.

    Agradeceria se enviassem para meu email estes informes que necessito confirmar, fator com o qual ficarei grato eternamente.

    Com atenção e respeito.

    Jurandir Lima (jurandir_lima@bol.com.br) 71.3219.7367 // 71.8777.5421

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  2. Célia nasceu no dia 8 de setembro de 1947 e não em abril

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  3. DESCULPE a demora no retorno mas só agora estou retornando ao trabalho com o blog. Acredito que haja uma pequena confusão. Quem foi casada com o Atonio Carlos foi a Maria Creuza. Abraços!

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