quarta-feira, 1 de julho de 2020

Abílio Farias

(Itacoatiara/AM, 23 de fevereiro de 1947 ******* Manaus/AM, 14 de junho de 2013)

José Abílio de Moura Farias (Abílio Farias), cantor estilo brega-romântico, iniciou a carreira da década de 1960 na região norte do país. Nascido em 1946, na capital da Zona Franca, Abílio é um dos poucos artistas que, independente de tocar em rádios, gravar discos anualmente, e da força de uma gravadora, tem seu nome defendido pelos amantes da música popular. Seu estilo musical segue o padrão imortalizado por Waldick Soriano, ou seja, canta o que o povo entende e gosta de ouvir. 

Abílio Farias

Cantando como amador desde os 14 anos de idade, foi assim que ele descobriu que tinha um público fiel, resultado de suas apresentações na Rádio Baré. Abílio Farias já tinha um nome, quando foi levado para o Rio de Janeiro em 1977, para gravar o seu primeiro LP Abílio Farias, pela gravadora Tapecar. A mesma gravadora já tinha uma estrela que luzia no Norte e Nordeste, vendendo muitos discos e introduzindo para sempre, na história da música popular, um nome que provavelmente ficará para sempre., tratava-se de Bartô Galeno, cantor e compositor que a partir da segunda metade da década de 70, se estabeleceu no mercado fonográfico arregimentando um exército de admiradores e de cantores seguidores. Não foi por acaso que para o disco de Abílio Farias, a gravadora tenha recorrido ao talento e a fama de Bartô, participando do LP de Abílio com quatro composições: “Que Pena” (Bartô Galeno), “Vou Fechar o Cabaret” (Bartô Galeno e Abílio Farias), “Fica Comigo Esta Noite” (Bartô Galeno e Antonio Pires) e “É Muita Maldade” (Bartô Galeno). Na década de 1970 participou do quadro 'cantor mascarado', no Programa do Chacrinha.Em 1999,lançou, pela EMI Brazil, o CD "Abílio Farias - Revive o sucesso", com gravações como "Mulher difícil homem gosta"; "Que pena"; "Cabeça oca"; "O pijama e o chinelo" e "Vou fechar o cabaret". A interpretação de Abílio na música Vou Fechar o Cabaret, foi o suficiente para a consagração como artista popular. Até os dias de hoje a música permanece em catálogo como destaque de inúmeras coletâneas.

Abílio Farias

Em 2006, lançou seu 13º CD com uma série de shows pelo Estado do Amazonas. Abílio entrou para a galeria dos cantores populares, se destacando dentre os respeitados e queridos do público nortista e nordestino. Mesmo sem aparições na mídia, sua interpretação para as dezenas de sucesso que o povo conhece, fez dele um dos maiores representantes do gênero vulgarmente chamado de "brega". É verdade que não podemos compará-los com Roberto Carlos, por exemplo, mas a sua interpretação para a música “Negue” (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), popularizou ainda mais um hit que já havia estourado no Brasil na voz de Nelson Gonçalves e Maria Bethãnia. O maior sucesso da carreira de Abílio foi "Mulher Difícil, Homem Gosta". Em mais de 40 anos de carreira, gravou 8 LPs e 13 CDs.

Abílio Farias

Abílio foi dependente químico por trinta anos e havia abandonado o vício cinco anos antes de seu falecimento. Abílio morreu aos aos 66 anos, vítima de complicações cardíacas, no Hospital do Coração, em Manaus. Durante o velório, foi cantada a música 'Luzes da Ribalda', de Charles Chaplin. Segundos os familiares, a canção foi escolhida por Abilio para ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório. "Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem do outro", disse sua filha Joelma.O cantor era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente musical. O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus. O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick Soriano. Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no segundo semestre de 2013.










 

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